Pausa


Tenho que tirar quem eu sou do papel,
Tirar tudo o que almejo falar das letras das canções.
Tirar o extático e o espanto de mim,para que eu não canse de estar aqui.
Existe algo no meu modo de ver o falho,que se recusa a abandonar-me.
E existe uma eloquência tão grande dentro da solidão e um pasmo na descoberta da pequenez.
Quando deparo-me com o monótono,vejo-me inteira.
Quando tenho pé no breu,descubro que existem pessoas ao redor,no mais...
Eu vejo vultos e apenas ouço soluços disformes.
O que dizer sobre os primeiros passos da vida fugindo?
E da canção que não quer partir?
As lembranças insistentes de como você me deixou quando
eu mais precisava de um travesseiro.
Eu acho que parte do que sou,escorre do papel e foge,
Quando estou sem você.

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