O passar da Chuva




É fatidicamente simples,não quero pensar nos boçais,que fique claro.
Quero poder respirar o ar não
carbonizado e festejar a vida como o povo das fadas.
Não me preocupar com meus olhos alérgicos e com minha respiração falha.
Ah! Se eu pudesse ser verdadeiramente,
genuinamente humana e aceitar todas as maldições e perdas,ai sim.

Mas,não,fico aqui a queixar-me do dia,da noite,da sorte e do infortúnio.Então,queira o destino ou seja o que for,que eu não pense por hipérboles e fantasias.

Aceitando que realmente,não consigo simplesmente aceitar a insolubilidade das coisas e pior,vejam bem... não consigo entender que a insolubilidade existe. Que piedade eu poderia ter de mim,não ouso sequer pensar em desatino sobre o assunto.
Fernando Pessoa, onde está você agora,será que entenderia esta imprecisão? Está tentativa desumana e anti - heróica de arrancar a máscara da face e conviver com suas cinzas?
Sobra a mim,apenas a certeza da chuva.

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ahn?

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