O ínicio não vem.
Justo ele,que deveria ser a parte mais representativa de tudo.
Talvez tenha se cansado de me procurar e eu lhe dar as costas,tanto cansou,que desistiu de chegar.
Não me devo ater,a descrever paisagens;
Que não vejo;
Memórias,
Que não possuo,
E verdades que a essa altura da noite,
Me fogem a mente sonolenta.
Devo somente, ater-me ao ligeiro incômodo da sombra da mão direita sobre o papel,
Ao pé latejando por falta de circulação sanguínia.
Aos latidos do cão do vizinho e a minha consciência que nega-se a acreditar que escrevo essas sandices enquanto poderia dormir.
O relógio me enlouquece;
Porque o relógio é fixo,insistente e concreto.
O tempo não me aborrece.
Eu não o sinto,tampouco o vejo.
Mas,o relógio! Ah! O relógio me lembra que deveria dormir e permaneço como que obrigada,acordado.
Os olhos não me pesam,não estou com sono,mas é necessário dormir.
Dormir.Só.
Não sonho,durmo.
Pesado e doloroso fisicamente é meu sono.
Não há poesia na carência do sono.
Eis que brota o primeiro bocejo;
O segundo;
Fazendo doer o maxilar rígido.
Dormir,não pensar em deformidades.Ah! Dormir!
Não ter a pretenção de compor o cântico dos cânticos.
...
Depois do gole definitivo de água,se não houve um começo a falta de léxico,
Não permite finalizar nada.
Ponto.Só.
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