Sagrada Inutilidade





Tenho medo das coisas banais.
Diferente de ume
Abutre ao destender as asas e lançar-se ao vôo;
O abutre não tem consciência de sua natureza.
Ele não deseja ser um canário.
Acaso ele indaga a sumária razão de ser um abutre?
Agora que tenho dentro de mim,os vales e os desertos,
é difícil ter sangue.
Agora que os olhos tocam o infinito,
é doloroso verter lágrimas.
Quando tudo se torna irreal,
Os vagalumes tranformam-se em estrelas e a claridade incomoda mais do que o breu.
As lutas mais vãs sao travadas no solo minado das emoções,
que como cavalos selvagens guiados por suas intrépidas
Amazonas,pisoteiam a derradeira planta celeste.
Nós destruimos aquilo que mais amamos.
Empurramos a nós mesmos por escolhas imprecisas.

Quando a noite se estende;
É mais fácil libertar as redomas que encarceram os gritos.
As verdades veladas parecem querer escapar,dominar o
Universo e comungar com Deus!
Esse Deus das estrelas e do coração humano.
Esse Deus das montanhas e do relâmpago.

Não o entendo!

Talvez...ele não se entenda também,já que me fez não-entendedora de nada.
Haveria ele de se entender?

Talvez a
Criação tenha sido um arroubo,uma decisão tomada sob pressão!
Poderá isso,responder a todas as questões que formulo no meio período de dormir?

Estou apenas filosofando.

A
Verdade é que sou sempre aquela que quer partir e fica,fica indefinidamente.
Não é falta de vontade.
É comodismo.

É a
Percepção de que a segurança é melhor que o indefinido seguir,
É a
Legitimidade da pouca importância de ser constante.

3 comentários:

blur 5 de outubro de 2009 às 19:15  

acho que você se daria melhor fazendo um livro hahah gostei pra variar =p

Jean Leal 6 de outubro de 2009 às 09:35  

Gostei do teu jeito de escrever, muito bom mesmo!
o texto é ótimo, te admirei de verdade!
abraços

Anônimo 6 de outubro de 2009 às 09:38  

Boa ideia de vc escrever um livro! vc sabe relacionar as imagens também!
Parabéns !

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ahn?

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