Sou uma caricatura injusta de mim mesma.
Um rascunho feito numa noite quente por um rosto expelindo lágrimas frias
Todas as metáforas pobres e desconexas
Que qualquer escritor do bar da esquina poderia criar e parecer ousado
Sou toda essa infâmia e cansaço
Que pode te engolir e desordenar seu passos certos,ou talvez não.
Foge-me as coisas eternas.
Fica aqui,somente o perecível,o falho,o laço desatado,a vulnerabilidade do Mundo.
Quero ser tanto,que me engasgo no dia.
Vejo os desenhos mal pintados e penso nas cores que não existem,só elas importam realmente.
Tenho por mim,que me tornei um desejo inacabado.
Lágrimas.
Minhas lágrimas carecem de expressão e persuasão.
é mais difícil chorar em um dia de sol,daqui pra frente será pior,eu sei... como sei!
Os dias de chuva escondem.
Os dias de sol,fazem arder em nós o sal e o amargo do pranto confuso.
Virei uma paródia malfeita e corrosiva da minha canção particular.
Leia-me.
Beba-me.
Degluta-me.
Diga o que vê,além da sua própria fome de se ver em mim?
2 comentários:
Eu vejo tudo torto, fora de seus lugares,
quem sabe alguém algum dia bote tudo em ordem,
mas acredito que só uma força maior que a humana poderá fazer isso,
uma força chamada por nós de fim, mas por outros de um novo começo...
Não tenho certeza porque, mas me lembrou da Esfinge.
Decifra-me, ou devoro-te.
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